terça-feira, 31 de março de 2009

CRISE NÃO CHEGA AO FAST FOOD :


"Por causa do preço mais em conta, freqüentadores de restaurantes caros estão migrando para as redes de comida rápida ."


Um nicho de mercado está mais bem preparado para enfrentar a crise: o de comida rápida. A maior operadora de restaurante de serviços rápidos da América Latina, a Arcos Dourados, reafirmou a tendência mundial ao anunciar os resultados do ano de 2008.
No ano passado, a empresa alcançou US$ 3,5 bilhões em vendas. O resultado positivo abriu precedentes para a quebra de um recorde. O faturamento anual do McDonald’s, que tem mais de 1750 restaurantes operados pela empresa, foi o maior desde 1942, quando foi inaugurada a primeira lanchonete da marca na América Latina.

No Brasil, a rede de restaurantes McDonalds também fez bonito. O faturamento chegou aos R$ 3,3 bilhões, 22% a mais do que em 2007 – recorde em seus 30 anos de atuação no país. De acordo com Woods, o Brasil é um dos raros países que ainda mantém uma relativa distância da crise. O movimento em terras brasileiras será oposto ao de grandes multinacionais. Ao invés de demissões, fala-se em contratações. O CEO da Arcos Dourados projetou para o país em 2009 a abertura de 26 novos restaurantes do McDonald’s, o que deve gerar 2,5 mil novos postos de trabalho no país.

Estratégias anticrise

Embora a rede de fast food tenha apresentado resultados acima dos projetados no ano de 2008, as perspectivas para 2009 são mais comedidas e conservadoras. “O último trimestre do ano passado, embora tenha sido bom, já apresentou queda nas vendas”, disse Woods. “Se continuarmos crescendo em 2009 será ótimo, mas se isso não acontecer, não vamos tomar medidas drásticas, como demissões em massa”, acrescentou. Quando questionado sobre como a empresa está se defendendo da crise global, o executivo entrega a fórmula. “Estamos viajando de classe executiva”, disse. Os gastos com viagens foram trocados por conferências via telefone. Segundo o CEO, investimentos em tecnologia podem reverter em alternativas que reduzirão gastos da empresa. “Não vamos diminuir a qualidade. Queremos é conter gastos administrativos, mas sem demitir”.

“Dinheiro é um elemento covarde”

Na Venezuela a rede de comida rápida não apresenta os mesmos resultados que Brasil, Argentina ou México. “A importação de alimentos gera complicações”, admitiu Staten Woods. Segundo o executivo, este é o real motivo que justifica o fechamento de lojas em todo o mundo. “O dinheiro é um elemento covarde. Se um negócio não dá lucro, ele fecha”. Durante o ano de 2008, os restaurantes da bandeira norte-americana atenderam 3,5 milhões de pessoas diariamente na América Latina. Por dia, a rede chega a vender mais de 230 mil sanduíches Big Mac (o mais famoso do portifólio). O consumo mensal de insumos é grande. São 4.500 toneladas de carne bovina, 850 toneladas de queijo, 700 de alface, 650 toneladas de farinha e 600 de Katchup. Atualmente, a Arcos Dourados está entre as cinco principais empregadoras da América Latina, com cerca de 100 mil funcionários diretos.

“A crise financeira é grave e já fez várias companhias engavetarem projetos de investimentos. Mas isso não afetou muito o setor de primeira necessidade, seja no setor alimentício ou em higiene pessoal.
Um exemplo disso é o famoso Mcdonald’s, com o faturamento de R$ 3,3 bilhões no ano passado só no Brasil, 22% a mais do que em 2007.
Embora com a crise financeira mundial, eles pretendem abrir novos restaurantes e contratar mais funcionários neste ano, e para isso funcionar na prática, eles adotaram estratégicas anticreses para que esse efeito influencie menos à eles. Entre elas,os gastos com viagens foram trocadas por conferências via telefone, pois os investimentos em tecnologia podem reverter em alternativas que reduzirão gastos da empresas e ao mesmo tempo garantir a sua qualidade
.”
Por Guan Meng Lan



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